Do mito à filosofia
O
mito conta a origem de algo. Pode ser da Terra, dos homens, das plantas, dos
animais, do fogo, da água, dos ventos, do bem, do mal. Trata-se de uma
narrativa imemorial, fabulosa, que interpreta e dá sentido ao mundo. Não é
necessariamente um conhecimento, como a ciência.
Diante de um mito vem sempre a indagação: será que aquelas pessoas, contemporâneas à sua vigência como explicação do mundo e da vida, acreditavam nele? Podemos afirmar que nem acreditavam, nem deixavam de acreditar: o mito era a única linguagem de apropriação do mundo que elas tinham.
Já a filosofia surge como um conhecimento racional da natureza, de nós mesmos, mas de forma reflexiva: voltamo-nos a nós mesmos e perguntamos: quem sou eu? Por que as coisas são o que são? Por que tudo é finito?
Se, por um lado, o mito utiliza-se de aspectos fantásticos e por vezes repletos de contradições e curiosidades, valendo-se da autoridade da crença e também de seu narrador, a filosofia, por outro, não admite qualquer incoerência.
Essa relação entre mito e filosofia introduz uma nova pauta na ordem do pensamento humano.
Discutiremos então a passagem do mito para à filosofia, mas para atentar ao conhecimento filosófico, daremos uma olhada no saber mítico.É comum ver a ação dos vários deuses e deusas gregas e as varias narrativas, incluindo a de Zeus, essas narrativas são narradas por Hesíodo, que vai falar sobre um mundo ordenado e governado por Zeus.A palavra mito vem do grego mytos e deriva de dois verbos: Mytheyo que significa contar, narrar, falar e Mytheo que significa conversar, anunciar.A palavra mito em síntese significa ''palavra'', narrativa.Quem narra o mito - Aedo o poeta rapsodo.Esse poeta anuncia o mito na ágora.
Mas vejamos o que anuncia e o que conta o mito?Ele é uma cosmogonia(cosmo ordem, gonia origem divina, que conta sobre a origem do mundo).O mito também é uma teogonia (teo deus, gonia origem divina, ou seja origem dos deuses).No universo grego a matéria e eterna, por tanto quando ela transforma do caos para o cosmo temos uma teogonia, já quando o cãos é ordenado pelos deuses temos uma cosmogonia.O mito não parte dá logica, ele apenas tem uma razão sua, sendo um modelo de mundo, sendo sagrada e narrada pelos deuses ou quem ouviu dos deuses.
O tempo do mito é cíclico, pois ele garante a perpetuação daquele modelo, portanto, ao fazer isso ele esta criando um rito(como os ritos de ano novo, que tem como objetivo a reatualização do mito).
Vejamos, como é que a partir dessa mentalidade vai surgir a filosofia?O nascimento dessa só vai ser possível devido a condições históricas como as viagens marítimas(O espaço não é mais dos deuses esse é humano), invenção do calendário(o tempo não é mais cíclico ele é racionalizado e tem sentido), invenção da escrita alfabética(a escrita não é mais uma narrativa oral) e a invenção da moeda.
Diante de um mito vem sempre a indagação: será que aquelas pessoas, contemporâneas à sua vigência como explicação do mundo e da vida, acreditavam nele? Podemos afirmar que nem acreditavam, nem deixavam de acreditar: o mito era a única linguagem de apropriação do mundo que elas tinham.
Já a filosofia surge como um conhecimento racional da natureza, de nós mesmos, mas de forma reflexiva: voltamo-nos a nós mesmos e perguntamos: quem sou eu? Por que as coisas são o que são? Por que tudo é finito?
Se, por um lado, o mito utiliza-se de aspectos fantásticos e por vezes repletos de contradições e curiosidades, valendo-se da autoridade da crença e também de seu narrador, a filosofia, por outro, não admite qualquer incoerência.
Essa relação entre mito e filosofia introduz uma nova pauta na ordem do pensamento humano.
Discutiremos então a passagem do mito para à filosofia, mas para atentar ao conhecimento filosófico, daremos uma olhada no saber mítico.É comum ver a ação dos vários deuses e deusas gregas e as varias narrativas, incluindo a de Zeus, essas narrativas são narradas por Hesíodo, que vai falar sobre um mundo ordenado e governado por Zeus.A palavra mito vem do grego mytos e deriva de dois verbos: Mytheyo que significa contar, narrar, falar e Mytheo que significa conversar, anunciar.A palavra mito em síntese significa ''palavra'', narrativa.Quem narra o mito - Aedo o poeta rapsodo.Esse poeta anuncia o mito na ágora.
Mas vejamos o que anuncia e o que conta o mito?Ele é uma cosmogonia(cosmo ordem, gonia origem divina, que conta sobre a origem do mundo).O mito também é uma teogonia (teo deus, gonia origem divina, ou seja origem dos deuses).No universo grego a matéria e eterna, por tanto quando ela transforma do caos para o cosmo temos uma teogonia, já quando o cãos é ordenado pelos deuses temos uma cosmogonia.O mito não parte dá logica, ele apenas tem uma razão sua, sendo um modelo de mundo, sendo sagrada e narrada pelos deuses ou quem ouviu dos deuses.
O tempo do mito é cíclico, pois ele garante a perpetuação daquele modelo, portanto, ao fazer isso ele esta criando um rito(como os ritos de ano novo, que tem como objetivo a reatualização do mito).
Vejamos, como é que a partir dessa mentalidade vai surgir a filosofia?O nascimento dessa só vai ser possível devido a condições históricas como as viagens marítimas(O espaço não é mais dos deuses esse é humano), invenção do calendário(o tempo não é mais cíclico ele é racionalizado e tem sentido), invenção da escrita alfabética(a escrita não é mais uma narrativa oral) e a invenção da moeda.
1. (Ueg 2013) O ser humano, desde sua origem, em sua existência cotidiana, faz afirmações, nega, deseja, recusa e aprova coisas e pessoas, elaborando juízos de fato e de valor por meio dos quais procura orientar seu comportamento teórico e prático. Entretanto, houve um momento em sua evolução histórico-social em que o ser humano começa a conferir um caráter filosófico às suas indagações e perplexidades, questionando racionalmente suas crenças, valores e escolhas. Nesse sentido, pode-se afirmar que a filosofia:
a)é algo inerente ao ser humano desde sua origem e que, por meio da elaboração dos sentimentos, das percepções e dos anseios humanos, procura consolidar nossas crenças e opiniões.
b)existe desde que existe o ser humano, não havendo um local ou uma época específica para seu nascimento, o que nos autoriza a afirmar que mesmo a mentalidade mítica é também filosófica e exige o trabalho da razão.
c) inicia sua investigação quando aceitamos os dogmas e as certezas cotidianas que nos são impostos pela tradição e pela sociedade, visando educar o ser humano como cidadão.
d)surge quando o ser humano começa a exigir provas e justificações racionais que validam ou invalidam suas crenças, seus valores e suas práticas, em detrimento da verdade revelada pela codificação mítica.
e)é condição de existência, pois só a partir de reflexões filosóficas somos inseridos em um mundo que faz sentido, mas sem jamais abandonar as nossas crenças.
2.(Ifsp 2011) Comparando-se mito e filosofia, é correto afirmar o seguinte:
a)A autoridade do mito depende da confiança inspirada pelo narrador, ao passo que a autoridade da filosofia repousa na razão humana, sendo independente da pessoa do filósofo.
b) Tanto o mito quanto a filosofia se ocupam da explicação de realidades passadas a partir da interação entre forças naturais personalizadas, criando um discurso que se aproxima do da história e se opõe ao da ciência.
c)Enquanto a função do mito é fornecer uma explicação parcial da realidade, limitando-se ao universo da cultura grega, a filosofia tem um caráter universal, buscando respostas para as inquietações de todos os homens.
d)Mito e filosofia dedicam-se à busca pelas verdades absolutas e são, em essência, faces distintas do mesmo processo de conhecimento que culminou com o desenvolvimento do pensamento científico.
e)A filosofia é a negação do mito, pois não aceita contradições ou fabulações, admitindo apenas explicações que possam ser comprovadas pela observação direta ou pela experiência.
a)é algo inerente ao ser humano desde sua origem e que, por meio da elaboração dos sentimentos, das percepções e dos anseios humanos, procura consolidar nossas crenças e opiniões.
b)existe desde que existe o ser humano, não havendo um local ou uma época específica para seu nascimento, o que nos autoriza a afirmar que mesmo a mentalidade mítica é também filosófica e exige o trabalho da razão.
c) inicia sua investigação quando aceitamos os dogmas e as certezas cotidianas que nos são impostos pela tradição e pela sociedade, visando educar o ser humano como cidadão.
d)surge quando o ser humano começa a exigir provas e justificações racionais que validam ou invalidam suas crenças, seus valores e suas práticas, em detrimento da verdade revelada pela codificação mítica.
e)é condição de existência, pois só a partir de reflexões filosóficas somos inseridos em um mundo que faz sentido, mas sem jamais abandonar as nossas crenças.
2.(Ifsp 2011) Comparando-se mito e filosofia, é correto afirmar o seguinte:
a)A autoridade do mito depende da confiança inspirada pelo narrador, ao passo que a autoridade da filosofia repousa na razão humana, sendo independente da pessoa do filósofo.
b) Tanto o mito quanto a filosofia se ocupam da explicação de realidades passadas a partir da interação entre forças naturais personalizadas, criando um discurso que se aproxima do da história e se opõe ao da ciência.
c)Enquanto a função do mito é fornecer uma explicação parcial da realidade, limitando-se ao universo da cultura grega, a filosofia tem um caráter universal, buscando respostas para as inquietações de todos os homens.
d)Mito e filosofia dedicam-se à busca pelas verdades absolutas e são, em essência, faces distintas do mesmo processo de conhecimento que culminou com o desenvolvimento do pensamento científico.
e)A filosofia é a negação do mito, pois não aceita contradições ou fabulações, admitindo apenas explicações que possam ser comprovadas pela observação direta ou pela experiência.
Surgimento da vida urbana
Há o surgimento do espaço publico da polis e por conseguinte da politica.E a partir dessas condições históricas ocorre o ''Milagre Grego'', ou seja, a filosofia.Esse milagre nasce como cosmologia (é a razão sistemática que dará sentido as coisas).Revisando o pensamento mítico vimos que:
Já a filosofia é completamente diferente, pois ela apresenta:
A reflexão filosófica é sistemática no sentido de pensamento crítico(o quê?Como?Por quê?). Mas não podemos esquecer que a filosofia é uma atitude, uma atitude filosófica.E essa pede uma postura em relação ao mundo que faz com que você se distancie da vida cotidiana, não aceitando como óbvios e evidentes as coisas, as ideias, as crenças, os valores, etc. Agora vamos identificar as reflexões filosóficas nas obras de artes de M.C.Escher,Akioshy Kitaoka e René Magritte. Perceba o voltar-se a si mesmo, o ver-se com os seus próprios olhos, reflexão, reflexo, será que você é o reflexo de si mesmo? Ou o reflexo de si mesmo é apenas um reflexo? Será que você é uma obra de si mesmo? Portanto se você é uma obra de si mesmo o nosso universo é esse modelo de construção... Será que aqui eu tenho a natureza para ver através de uma janela ou eu tenho uma representação da natureza daquilo que pode ser visto pelos meus olhos? Como algo parado pode estar em movimento? Será que a mente mente?
- A verdade é dada (É dada pelos deuses e não aceita questionamentos)
- É aceito a contradição (Zeus matou Cronos, mas os deuses são imortais)
- É atemporal - imemorial (Naquele tempo... No principio, mas quando é esse tempo?)
Já a filosofia é completamente diferente, pois ela apresenta:
- Causa e efeito
- Busca da verdade
- Está no tempo
- Não aceita contradições
Os Pré-Socráticos e os sofistas
Por volta do século VI a.C., surgiu um grupo de pensadores conhecidos como pré-socráticos, que são considerados os fundadores da filosofia ocidental. Eles se preocupavam com questões relacionadas à natureza e ao cosmos, buscando explicações que não se vinculavam a mitos, autoridades ou religião. Direcionados exclusivamente pela razão, a fim de compreender a natureza do Universo, esses filósofos elaboraram questões a respeito do princípio de todas as coisas, além da tentativa de refletir o que são as coisas e o que elas parecem ser. Um bom exemplo é o de Tales de Mileto, que buscou explicar o cosmos através da água.
Segundo os Pré-Socráticos, tudo aquilo que existe possui uma causa anterior e o estabelecimento de um nexo causal entre os fenômenos naturais constituiria uma forma básica de explicação “científica” da realidade. Essa questão é uma das principais preocupações desses pensadores e por isso buscam uma explicação causal que tenha um caráter regressivo. Cada fenômeno, portanto, poderia ser tomado como efeito de uma nova causa, que por sua vez, seria efeito de uma causa anterior e assim sucessivamente, em um processo sem fim. Contudo, isso invalidaria o próprio sentido da explicação, pois, mais uma vez a resposta estaria no inexplicável, no mistério, logo, no pensamento mítico. Para evitar que isso acontecesse, surgiu a necessidade de estabelecer uma causa primeira, um primeiro princípio ou conjunto de princípios que servisse como ponto de partida para todo o processo racional. É aí que encontramos a arché.
Arché é um(ou vários) elemento primordial que serviria de ponto de partida para todo o processo de criação dos seres naturais. Além de estar presente em todas coisas, a arché seria uma atividade, uma força dinâmica que, em conformidade com sua forma de ação, originaria a variedade dos fenômenos naturais.
Dentro os pré-socráticos inúmeras foram as respostas sobre o que poderia ser a arché. Alguns pesquisadores afirmam que o caráter de crítica à explicação apresentada por um pré-socrático mais antigo fazia parte da tradição entre eles:
– Tales de Mileto afirmava que o princípio de tudo é a água. É exatamente a partir da sua observação /sensação sobre os estados da água que ele concluiu a possibilidade da mesma se transformar ilimitadamente; e desse processo se construiriam as formas de vida mais complexa
– Anaximandro não explica a gênese pelo elemento primordial, mas pela separação dos contrários em consequência do movimento eterno. Contrários são quente e frio, seco e úmido, da mesma forma o cosmos, em seu conjunto, deve ser produto de um antagonismo; e como o universo se mostra definido, limitado, determinado em cada um dos seus componentes, deve-se pensar que ele se tenha originado e seja sustentado por um princípio diametralmente contrário: o a-peiron (ilimitado).
– Anaxímenes dizia que tudo provém do Ar e retorna ao Ar. “Diferencia-se nas substâncias, por rarefação e condensação. Rarefazendo-se, torna-se fogo; condensando-se, vento; depois, nuvem, e ainda mais, água, depois terra, depois pedras, e as demais coisas provêm destas. Também ele faz o eterno movimento pelo qual se dá a transformação.”
– Heráclito parte do princípio de que tudo é movimento, e que nada pode permanecer estático Panta rei ou “tudo flui”, “tudo se move”, exceto o próprio movimento. O devir, a mudança que acontece em todas as coisas é sempre uma alternância entre contrários: coisas quentes esfriam, coisas frias esquentam; coisas úmidas secam, coisas secas umedecem etc. A realidade acontece, então, não em uma das alternativas, posto que ambas são apenas parte de uma mesma realidade, mas sim na mudança ou, como ele chama, na guerra entre os opostos.
– Empédocles dizia que não há nascimento e nem morte para nenhuma das coisas, mas somente composição e dissociação dos elementos compostos: terra, água, fogo e ar. Mas são duas forças fundamentais responsáveis pela manutenção do universo – O AMOR que unia os elementos (raízes) e o ÓDIO que os separava.
– Pitágoras considerava a essência, o princípio fundamental que forma todas as coisas no número. Os pitagóricos não distinguem forma, lei, e substância, considerando o número o elo entre estes elementos. Cada figura geométrica e, portanto, cada corpo existente, pode ser pensado como uma quantidade finita de elementos-base unitários: os números. Tudo pode ser quantificado a partir deles.
– Parmênides afirmava que a arché poderia ser compreendida a partir de três pontos: o mundo sensível é uma ilusão; a uma imobilidade no Ser; O Ser é uno, eterno, não-gerado e imutável.
– Demócrito admite que tudo o que existe é composto por elementos indivisíveis chamados átomos.
3. Sobre o princípio básico da filosofia pré-socrática, é correto afirmar que:
a) Tales de Mileto, ao buscar um princípio unificador de todos os seres, concluiu que a água era a substância primordial, a origem única de todas as coisas.
b) Anaximandro, após observar sistematicamente o mundo natural, propôs que não apenas a água poderia ser considerada arché desse mundo em si e, por isso mesmo, incluiu mais um elemento: o fogo.
c) Anaxímenes fez a união entre os pensamentos que o antecederam e concluiu que o princípio de todas as coisas não pode ser afirmado, já que tal princípio não está ao alcance dos sentidos.
d) Heráclito de Éfeso afirmou o movimento e negou terminantemente a luta dos contrários como gênese e unidade do mundo, como o quis Catão, o antigo.
e)para Parmênides, o ser é e o ser não é.Portanto, toda a coisa está em processo de vim a ser, torna-se.
Por volta do século VI a.C., surgiu um grupo de pensadores conhecidos como pré-socráticos, que são considerados os fundadores da filosofia ocidental. Eles se preocupavam com questões relacionadas à natureza e ao cosmos, buscando explicações que não se vinculavam a mitos, autoridades ou religião. Direcionados exclusivamente pela razão, a fim de compreender a natureza do Universo, esses filósofos elaboraram questões a respeito do princípio de todas as coisas, além da tentativa de refletir o que são as coisas e o que elas parecem ser. Um bom exemplo é o de Tales de Mileto, que buscou explicar o cosmos através da água.
Segundo os Pré-Socráticos, tudo aquilo que existe possui uma causa anterior e o estabelecimento de um nexo causal entre os fenômenos naturais constituiria uma forma básica de explicação “científica” da realidade. Essa questão é uma das principais preocupações desses pensadores e por isso buscam uma explicação causal que tenha um caráter regressivo. Cada fenômeno, portanto, poderia ser tomado como efeito de uma nova causa, que por sua vez, seria efeito de uma causa anterior e assim sucessivamente, em um processo sem fim. Contudo, isso invalidaria o próprio sentido da explicação, pois, mais uma vez a resposta estaria no inexplicável, no mistério, logo, no pensamento mítico. Para evitar que isso acontecesse, surgiu a necessidade de estabelecer uma causa primeira, um primeiro princípio ou conjunto de princípios que servisse como ponto de partida para todo o processo racional. É aí que encontramos a arché.
Arché é um(ou vários) elemento primordial que serviria de ponto de partida para todo o processo de criação dos seres naturais. Além de estar presente em todas coisas, a arché seria uma atividade, uma força dinâmica que, em conformidade com sua forma de ação, originaria a variedade dos fenômenos naturais.
Dentro os pré-socráticos inúmeras foram as respostas sobre o que poderia ser a arché. Alguns pesquisadores afirmam que o caráter de crítica à explicação apresentada por um pré-socrático mais antigo fazia parte da tradição entre eles:
– Tales de Mileto afirmava que o princípio de tudo é a água. É exatamente a partir da sua observação /sensação sobre os estados da água que ele concluiu a possibilidade da mesma se transformar ilimitadamente; e desse processo se construiriam as formas de vida mais complexa
– Anaximandro não explica a gênese pelo elemento primordial, mas pela separação dos contrários em consequência do movimento eterno. Contrários são quente e frio, seco e úmido, da mesma forma o cosmos, em seu conjunto, deve ser produto de um antagonismo; e como o universo se mostra definido, limitado, determinado em cada um dos seus componentes, deve-se pensar que ele se tenha originado e seja sustentado por um princípio diametralmente contrário: o a-peiron (ilimitado).
– Anaxímenes dizia que tudo provém do Ar e retorna ao Ar. “Diferencia-se nas substâncias, por rarefação e condensação. Rarefazendo-se, torna-se fogo; condensando-se, vento; depois, nuvem, e ainda mais, água, depois terra, depois pedras, e as demais coisas provêm destas. Também ele faz o eterno movimento pelo qual se dá a transformação.”
– Heráclito parte do princípio de que tudo é movimento, e que nada pode permanecer estático Panta rei ou “tudo flui”, “tudo se move”, exceto o próprio movimento. O devir, a mudança que acontece em todas as coisas é sempre uma alternância entre contrários: coisas quentes esfriam, coisas frias esquentam; coisas úmidas secam, coisas secas umedecem etc. A realidade acontece, então, não em uma das alternativas, posto que ambas são apenas parte de uma mesma realidade, mas sim na mudança ou, como ele chama, na guerra entre os opostos.
– Empédocles dizia que não há nascimento e nem morte para nenhuma das coisas, mas somente composição e dissociação dos elementos compostos: terra, água, fogo e ar. Mas são duas forças fundamentais responsáveis pela manutenção do universo – O AMOR que unia os elementos (raízes) e o ÓDIO que os separava.
– Pitágoras considerava a essência, o princípio fundamental que forma todas as coisas no número. Os pitagóricos não distinguem forma, lei, e substância, considerando o número o elo entre estes elementos. Cada figura geométrica e, portanto, cada corpo existente, pode ser pensado como uma quantidade finita de elementos-base unitários: os números. Tudo pode ser quantificado a partir deles.
– Parmênides afirmava que a arché poderia ser compreendida a partir de três pontos: o mundo sensível é uma ilusão; a uma imobilidade no Ser; O Ser é uno, eterno, não-gerado e imutável.
– Demócrito admite que tudo o que existe é composto por elementos indivisíveis chamados átomos.
3. Sobre o princípio básico da filosofia pré-socrática, é correto afirmar que:
a) Tales de Mileto, ao buscar um princípio unificador de todos os seres, concluiu que a água era a substância primordial, a origem única de todas as coisas.
b) Anaximandro, após observar sistematicamente o mundo natural, propôs que não apenas a água poderia ser considerada arché desse mundo em si e, por isso mesmo, incluiu mais um elemento: o fogo.
c) Anaxímenes fez a união entre os pensamentos que o antecederam e concluiu que o princípio de todas as coisas não pode ser afirmado, já que tal princípio não está ao alcance dos sentidos.
d) Heráclito de Éfeso afirmou o movimento e negou terminantemente a luta dos contrários como gênese e unidade do mundo, como o quis Catão, o antigo.
e)para Parmênides, o ser é e o ser não é.Portanto, toda a coisa está em processo de vim a ser, torna-se.
a) Tales de Mileto, ao buscar um princípio unificador de todos os seres, concluiu que a água era a substância primordial, a origem única de todas as coisas.
b) Anaximandro, após observar sistematicamente o mundo natural, propôs que não apenas a água poderia ser considerada arché desse mundo em si e, por isso mesmo, incluiu mais um elemento: o fogo.
c) Anaxímenes fez a união entre os pensamentos que o antecederam e concluiu que o princípio de todas as coisas não pode ser afirmado, já que tal princípio não está ao alcance dos sentidos.
d) Heráclito de Éfeso afirmou o movimento e negou terminantemente a luta dos contrários como gênese e unidade do mundo, como o quis Catão, o antigo.
e)para Parmênides, o ser é e o ser não é.Portanto, toda a coisa está em processo de vim a ser, torna-se.
Então há uma continuidade ou ruptura entre Mito e Filosofia? Perceba que vai haver tanto um quanto o outro. Em relação a continuidade as questões ainda são as mesmas, ''de onde eu viemos?'', ''porque estou aqui?''. Tanto o mito quanto a filosofia se ocupa dessas questões.Porém, ambas se rompem quando a filosofia pede o predomínio da razão sistemática.
Filosofia é um pensar, é refletir.Mas para ser uma reflexão filosófica se faz necessário um radical (algo que desse as raízes e a profundidade), é preciso de rigor (sendo um pensamento metódico e meticuloso) e por ultimo essa reflexão pede um conjunto, ou seja, algo que pedirá todo um contexto do questionamento.

Se vocês já tiveram ou tem esses pensamentos sejam bem-vindos a filosofia...
Respostas das questões: 1d, 2a, 3a,
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