Qual é a origem do homem?
Qual é
a nossa origem? De onde viemos? Essas perguntas povoam a imaginação das pessoas, desde que o homem começou a pensar. Entre Adão e Eva e o primata há várias hipóteses que tentam explicar a origem do homem. Uma delas é a teoria da evolução defendida por Charles Robert Darwin (1809-1882) e a outra, centrada na imagem de Adão, defendida pelos criacionistas.
A hipótese do criacionismo é que o mundo e a humanidade foram criados por Deus, conforme relata o primeiro livro da Bíblia, o Gênesis, que descreve a criação do mundo, de Adão e de Eva(considerado os primeiros seres humanos segundo os criacionistas). Trata-se de uma concepção sustentada pelo pensamento fundamentalista judaico e cristão, baseada na aceitação literal dos textos sagrados.
Em oposição ao criacionismo, a teoria evolucionista ou darwinismo afirma que o homem e os demais seres vivos se originaram de organismos mais simples, que sofreram transformações ao longo do tempo.Associando atualmente às pesquisas genéticas, o evolucionismo tornou-se um dos marcos do pensamento contemporâneo.
A evolução humana
Pesquisas desenvolvidas nos campos da antropologia e da arqueologia sugere que os hominídeos apareceram há mais de 4 milhões de anos, na Africa(o berço da humanidade) e evoluiriam até chegar à forma de Homo sapies sapies.
Outros estudos indicam a linha provável de evolução dos hominídeos, enfatizando o parentesco biológico molecular entre os humanos e os primatas. Mostram por exemplo que, do ponto de vista genético, homem e chimpanzé são 99% idênticos.
Cientistas de todo o mundo continuam a buscar conclusões acerca da origem e da evolução do homem.A procura do ''elo perdido''- o tão procurado espécime que dividiria características de primatas e de humanos- envolve grande numero de pesquisadores. Ao mesmo tempo a ciência tem apontado vários elos perdidos, uma vez que cada hominídeo que for descoberto com idade aproximada de 4,4 milhões de anos pode ser reconhecido como um novo ''elo'' na cadeia da evolução.
Teorias sobre a identidade do homem americano
Sabemos com certeza que, o povoamento da América começou muito antes da chegada dos europeus, em
Uma hipótese tradicionalmente refutada pela comunidade científica, estabelece que o homem americano é autóctone, isto é, surgiu no próprio continente.O autoctonismo vem sendo negado pelos especialistas, até porque não se encontrou na America nenhum fóssil anterior ao Homo sapies sapies.
Duas teorias explicam a presença humana na América e também no Brasil: a teoria de Bering e a teoria Transoceânica.
A teoria da transoceânica diz que os povos da polinésia começaram atravessar o oceano pacifico em pequenas navegações a 10 mil anos atrás. Esses navegadores utilizaram as forças das correntes marítimas, que os trouxeram para a costa da América do sul, iniciando assim o povoamento nessa região.
A hipótese tradicional propõe que o ser humano chegou ao continente americano atravessando uma ponte de gelo ou terras emersas na região do Estreito de Bering,entre os atuais Estados Unidos e Rússia.
Segundo essa hipótese, alguns cientistas afirmam que a chegada dos primeiros grupos teria acontecido há cerca de 20 mil anos, durante a última glaciação, época em que a temperatura do planeta esteve extremamente baixa e as geleiras avançaram dos pólos em direção ao equador.
Esses primeiros ocupantes da América, que teriam vindo das atuais Mongólia e Sibéria, na Ásia, seriam caçadores e estariam perseguindo suas presas quando fizeram a travessia para a América do Norte. Tudo indica que, naquele momento, o nível do mar estava aproximadamente 150 metros mais baixo do que atualmente, formando assim uma sólida faixa de gelo. Essa camada de gelo teria se desfeito quando a temperatura do planeta subiu, dando origem ao atual Estreito de Bering.A migração de seres humanos através do Estreito de Bering não pode ser descartada, mas é provável que tenham existido outros caminhos. É possível também que homens e mulheres tenham chegado ao continente americano muito antes dessa data.
Ainda não se sabe ao certo quando os primeiros grupos humanos começaram a povoar o território brasileiro.
Durante muitos anos, esses grupos forma crescendo e avançando em todas as direções do continente, ocupando inclusive o território que hoje é o Brasil. Como eram nômades, deslocavam-se de um lugar para o outro, alimentando-se de animais, peixes, frutas e raízes.
Eles percorreram o continente em direção ao sul, acompanhando rebanhos de animais e caçando bisões, mamutes, castores e preguiças gigantes. Os cientistas encontraram fósseis desses animais e pontas de flechas que indicam os caminhos por onde andaram nossos antepassados.
Com o passar do tempo, alguns grupos foram se fixando em diferentes lugares. Passaram a domesticar animais e a cultivar a terra, formando pequenas aldeias.
Muitos cientistas afirmam que os grupos humanos já estavam aqui a 12 mil anos. Outros falam em 25 mil anos. O fato é que trabalhos recentes mostram que há 10 mil anos o Brasil não era um deserto de gente. Diferentes povos já haviam se espalhado por regiões como a Amazônia, o Nordeste, o Pantanal e o Cerrado.
A Pré-história no Brasil.
No Brasil, foi encontrado um dos mais importantes itens da arqueologia que ajudaram a compor a pré-história americana. Esse fato aconteceu no início da década de 70, mais precisamente, em 1974, em um sítio arqueológico denominado de Lapa Vermelha, localizado na cidade mineira de Pedro Leopoldo. A responsável pela escavação e pesquisa foi a equipe da arqueóloga Annete Laming-Emperaire. Nas escavações foi encontrado um crânio humano, logo foi comprovado que se tratava de uma pessoa do sexo feminino, chamada pela equipe de Luzia. Após análises do crânio, foi constatado que ela teria morrido há aproximadamente 11 mil anos.
O mais intrigante não era a idade do crânio, e sim sua origem, o Dr. Richard Neave, da Universidade inglesa de Manchester, desenvolveu um trabalho de reconstrução do crânio de Luzia e constatou uma enorme semelhança com os traços negroides.
Esse achado levou a verificar que o continente americano foi ocupado por quatro fluxos migratórios, desse modo, os três últimos eram compostos por populações de origem mongol com características genéticas comuns às tribos indígenas da atualidade.
Em suma, essa descoberta detectou evidências de que antes da ocorrência de fluxos de mongóis houve a migração de não mongóis, ou seja, homens com aspectos extremamente parecidos com os africanos e os aborígines da Austrália.
Observação
O Museu Nacional localizado no Rio de Janeiro - instituição científica mais antiga do país e uma das mais importantes do mundo - foi responsável por expor e cuidar de um dos itens imprescindíveis para a humanidade, o crânio de Luzia. Foi também acervo de 20 milhões de itens, incluído fosseis, múmias...Sediou a declaração da independência do Brasil em 1822 é foi residencial oficial da família real. Lamentavelmente a maior parte do acervo foi totalmente destruída vitima de um descaso e de um incêndio que ocorreu na quinta feira no dia 2 de Setembro de 2018, já que esse foi afetado pela crise financeira da UFRJ, sofreu corte de verbas e chegou a pedir ''vaquinhas-virtuais''. Hoje tenta-se montar o crânio de Luzia com restos encontrados nos escombros do museu, fóssel esse que revolucionou os estudos mundialmente sobre o povoamento do continente americano.A Pré-história
A Pré-história pode ser dividida em
três períodos: o Paleolítico ou período da pedra lascada, que
se estendeu por mais de 2,5 milhões de anos; o Neolítico ou período da pedra
polida, que teve início há mais de 20 mil anos; e a Idade dos Metais, por volta
de 6000 a.C.
Sabemos om certeza que, o povoamento da América começou muito antes da chegada dos europeus, em 1492. A partir do século XIX, os pesquisadores se interessaram em estudar a questão. Os arqueólogos iniciaram as primeiras escavações no território americano em busca de evidências que pudessem esclarecer ou pelo menos dar pistas confiáveis da origem do homem americano. Até hoje se discute muito como ocorreu esse povoamento, isto é, como o homem chegou até aqui.
-Paleolítico
A sociedade paleolítica garantiu sua subsistência por meio da caça, da pesca e da coleta de frutas e raízes. Era portanto uma sociedade de caçadores e coletores, que viviam em grupos e dividiam coletivamente o espaço e as atividades, utilizando objetos produzidos com pedra lascada, ossos e dentes de animais.
Os grupos humanos desse período eram
nômades, castigados pelas intemperes e pela busca incessante de alimentos. Mas
uma conquista humana fundamental ocorreu há mais de 500 mil anos, no
Paleolítico: o controle do fogo, que permitiu o aquecimento durante o frio, a
defesa contra animais e a preparação de alimentos.
Fala-se com frequência do ''homem das
cavernas'', como se os grupos pré-históricos tivessem vivido, cotidianamente,
nas profundezas das grutas. Segundo pesquisadores, eles ocupavam a entrada de
cavernas ou abrigos sob as rochas, inclinações formadas pela erosão nos
arenitos, nos calcários e nos basaltos. Em regiões mais quentes, chegaram a ter
por teto a copa das arvores.
Os últimos 100 mil anos do período
Paleolítico assistiram ao aperfeiçoamento dos artefatos, num processo de
crescente elaboração cultural que deu origem ao arco, à flecha. Além disso, as
modificações do ambiente terrestres refletiram nos hábitos dos homens,
contribuindo para a sedentarizarão de alguns grupos, isto é sua fixação em determinadas
regiões. Esse período de transformações recebeu a designação de Mesolítico
e representou uma transição para o Neolítico. O estudo das sociedades dessa
época pode ser feito com base em instrumentos e armas e também nas magnificas
pinturas rupestres que elas criaram.
-Neolítico
No início do período Neolítico (também chamado de Idade da Pedra Polida, uma vez que os instrumentos começam a ser produzidos através do polimento da pedra e do trabalho no fio de corte.), os grupos de caçadores e coletores já dispunham de uma
razoável bagagem cultural, abandonando o comportamento nômade e se sedentarizando.
A experiência lhes ensinaram a identificar quais animais podiam caçar e quais
plantas eram comestíveis ou úteis no tratamento de doenças. Aprenderam a
construir canoas, jangadas e barcos, importantes para sua migração. Também
começaram a triturar e a polir seus instrumentos de pedra, criando peças mais
duráveis que as usadas antes. E haviam desenvolvido crenças religiosas, em seus
esforços para compreender os fenômenos da natureza.
Assim, em sítios
arqueológicos do Mesolítico e mesmo do Paleolítico, foram encontradas
estatuetas femininas conhecida como Vênus pré-históricas.Eram as primeiras representações da Grande Deusa ou Deusa-Mãe, associada à fertilidade e cultuada nos mais diversos núcleos neolíticos.Muitos cientistas acreditam que os desenhos na parede das caverna e a arte rupestre era um tipo de linguagem usada pelos seres humanos.Por linguagem não devemos entender apenas escrita ou fala , mas sim toda forma utilizada para se comunicar.


Sobre o modo de vida nas aldeias neolíticas, as pesquisas arqueológicas que no inicio todos eram aparentados entre si, pois a comunidade era constituída por poucas famílias extensas, conhecidas como famílias clânicas ou clãs. Um clã era integrado por grupos familiares com um antepassados comum e, juntamente a outros clãs, formavam uma tribo. O poder politico não existia. A tomada de decisão na aldeia estava a cargo dos chefes de famílias, os anciãos, encarregados de administrar eventuais conflitos.Para isso, eles recorriam á persuasão, sem impor sua vontade pela força.Mais tarde surgiu a figura do patriarca, escolhido entre os mais valentes e sábios chefes de família. Líder religioso e político, o patriarca exercia também a função de proteger a comunidade contra as aldeias em busca de alimentos e de animais domesticados.A economia de uma comunidade neolítica tinha nível de subsistência, a atividade fundamental era o cultivo dos campos, feitos pelos grupos familiares, que depois se apropriavam coletivamente da colheita.A divisão do trabalho era quase inexistente limitava-se à diferenciação as tarefas dos homens e das mulheres.Não havia quem se dedicava exclusivamente há uma tarefa mesmo atividades como a tecelagem e a cerâmica eram executada pelo grupo familiar.
A Idade dos Metais
A idade dos metais, como o próprio nome
diz, é marcado pela dominação dos metais por parte das primeiras
sociedades da pré-historia, sendo este fato de fundamental importância para o
cultivo agrícola, e também a prática de caças.
O primeiro tipo de metal utilizado foi o cobre. Logo depois encontramos a
utilização do estanho na fabricação de outros tipos de
armas e utensílios. E, por volta de 3000 a .C, com a junção desses dois metais
(cobre e estanho) tivemos o aparecimento do Bronze. O ferro só apareceria num futuro longínquo,
cerca de 1.500 a .C e tal lentidão de propagação se deu pelo fato de sua
manipulação ser de difícil aprendizado.
Dessa maneira, o que realmente acontece é que
através de técnicas de fundição esses povos pré-históricos
vão gradualmente substituindo as ferramentas, que até então eram
elaboradas com madeira e pedra, por ferramentas de metal. Isso vai auxiliar e
muito o cotidiano desses povos.
Por exemplo, na agricultura, com o uso dessas novas
ferramentas, os povos pré-históricos conseguiram aumentar a produção de
alimentos, e aumentando a produção consequentemente gerava-se excedentes
alimentícios. E foram justamente esses excedentes a causa dos primeiros
conflitos entres os homens na história. Pois agora com ferramentas que
demonstravam uma maior eficiência na prática agrícola e na criação de animais,
seriam grandes aliados também na competição desses povos para ver quem ficaria
com as melhores pastagens, terras férteis e os excedentes.
Esses conflitos desencadearam um grande processo de
dominação de uma comunidade sobre a outra, dando origem assim o que vamos
chamar de propriedade privada, e em consequência a isso a desigualdade social.
Assim, surgiu a necessidade de criação de um órgão que supervisionasse essas
relações entre os homens e que garantisse a propriedade privada, o Estado.
Assim podemos perceber que o uso dos metais na vida cotidiana desses
povos teve grande importância para a consolidação e principalmente na
destruição de grandes civilizações na pré-historia e no mundo antigo, sendo de
grande utilidade para a subsistência, no caso a agricultura, e também na
imposição de poder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário